domingo, 5 de junho de 2011

Acordo é oferecido aos professores das Universidades Estaduais.



Não quero acreditar que os professores aceitarão este acordo irrisório oferecido pelo Governo do Estado, mesmo depois deste estar tentando (ou conseguindo) sufocar o movimento com corte salarial. É inaceitável a intransigência e o descaso do governo com o judiciário e com as universidades, desrespeitando uma ordem judicial (TJ-BA) e, ainda, entrando com recurso no STF com o objetivo claro de protelar o pagamento dos professores. Caso este acordo seja aceito, os professores estarão deixando de lado quem tanto os apoiaram, os ALUNOS, que entraram nesta peleia com o objetivo de buscar melhorias para as universidades, contra o decreto 12.583/2011, contra a violação da autonomia universitária e, também, por melhores salários para os seus “mestres”. Este movimento não pode acabar como os anteriores, sem resultados substancias, pois não consigo enxergar em que o governo recuou, senão em alguns trocados a mais para os professores. As questões realmente relevantes foram deixadas de lado, quais sejam: a revogação do decreto, a violação da autonomia universitária, melhorias para as universidades (sucateadas) tanto fisicamente quanto em pesquisas, especialização de professores, melhores salários para os professores (melhores de verdade), e tantas outras que considero melhor não citar aqui, pois estenderia demasiadamente este comentário. A aceitação deste acordo significa dizer que teremos outras GREVES DE ANDORINHAS nos próximos semestres, que buscam gotas de água para tentar apagar uma queimada. Mas não são ANDORINHAS, e sim PROFESSORES, a categoria responsável pelo desenvolvimento do país, e que não é valorizada pelo Estado. A frase “Recuar um passo para saltar dois” é interessante para leitores de livros de autoajuda, não para grevistas que realmente se preocupam com a educação do país. A situação está totalmente favorável ao movimento, sendo imprescindível a manutenção da calma na avaliação das propostas. O movimento deve ser mantido com o objetivo de pressionar o governo ainda mais, pois mais cedo do que tarde eles terão que ceder.